Lubrificação em Ação
Como estruturar o processo de Lubrificação?
Muito se fala sobre a gestão da manutenção de ativos, mas, pouco falamos sobre a importância de inserir nesse processo a gestão da lubrificação dos ativos.
A Gestão da Lubrificação é um fator que contribui diretamente para mantermos a função do equipamento, sendo assim, tem impacto direto na Confiabilidade.
Quando implementamos a gestão da Lubrificação, conseguimos reduzir quebras, elevar a vida útil do ativo e contribuir para redução dos custos de manutenção.
Porém, esse aspecto ainda não é tratado com a relevância merecida e em muitas organizações negligenciam o processo de lubrificação em um plano de manutenção do ativo. Dificilmente vemos um plano de manutenção incorporar devidamente o plano de lubrificação.
A implementação da Gestão da Lubrificação como mencionando traz benefícios para o processo de gestão da manutenção.
A Gestão da Lubrificação deve garantir os 6 aspectos fundamentais para o sucesso:
Lubrificante correto;
Ponto de aplicação correto;
Quantidade correta de lubrificante;
Periodicidade correta;
Procedimento correto;
Blindagem do Reservatório.
Essa implantação deve ser bem estruturada e requer cuidados, adequações como por exemplo, uma sala de lubrificação adequada para o devido armazenamento e identificação dos lubrificantes, bem como o manuseio correto com ferramentas e instrumentos adequados para que não haja ali uma fonte de contaminação, esse cuidado se faz necessário, imagine por exemplo um lubrificante que tenha presença de água, esse contaminante afetará diretamente a função do ativo podendo manifestar uma falha em potencial.
Fundamental existir um plano de lubrificação que permita ao lubrificador acesso aos parâmetros que serão necessários para o desempenho de sua função, qual equipamento ou componente a lubrificar, qual lubrificante, quantidade de lubrificante a ser aplicada, qual periodicidade, e procedimento operacional padrão que lhe dê instruções quanto ao modo de lubrificação. E certamente esse profissional deve ser devidamente treinado e habilitado para a função.
Realizar auditorias constantes e certificar que todos os procedimentos estão sendo seguidos para garantir que a lubrificação está sendo executada, desta maneira teremos um aumento na disponibilidade do ativo gerando mais produtividade e reduzindo custos.
Funções de um fluido lubrificante
Transmissão de energia
Lubrificação das partes móveis
Transferência de calor
Vedação de folgas
O lubrificante deve estar sempre limpo (isento de sólidos), seco (isento de umidade), frio (trabalhar em uma temperatura adequada) e isento de ar entranhado.
Para promover um tempo de relubrificação maior e elevar a vida útil do equipamento, tanto o lubrificante quanto a máquina devem operar seguindo estas premissas básicas.
Tipos de Contaminantes
As diversas fontes de contaminantes influenciam diretamente na saúde do óleo.
Monitorar a condição do lubrificante através de análises de óleo é uma técnica imprescindível para prever-se às falhas e identificar a condição tanto do lubrificante, quanto do equipamento.
Mais de 75% das falhas nos sistemas hidráulicos e de lubrificação podem ser atribuídas aos excessos de contaminação.
As partículas mais prejudiciais ao sistema são invisíveis a olho nu e geralmente têm o tamanho da folga.
Nesse sentido, percebemos a relevância que esse assunto tem e a devida tratativa que precisamos implementar.
Abaixo temos alguns exemplos da ação de contaminantes e eles variam desde contaminação graxa com óleo, verniz no óleo, filtros saturados e contaminação no cilindro que representa 90% de todas as partículas que penetram no fluido hidráulico.
Filtragem de Fluidos
Muitos contaminantes não capturados pelos sistemas de filtragem tendem a depositar-se nas paredes e fundo dos reservatórios hidráulicos. Estes contaminantes se juntam aos aditivos “mortos”.
Uma limpeza constante é importante e necessária, a filtragem de fluidos ajudará no controle da contaminação, diminuição do consumo de filtros e consequente preservação dos lubrificantes e equipamentos.
A limpeza periódica não é uma forma ideal de manter o equipamento seguro e livre de contaminação. O ideal é que o equipamento funcione com o mínimo de sujidade possível durante sua operação, ou seja, que a limpeza seja mais rápida do que a geração de contaminação.
Lembre-se: Óleo limpo não satura filtros e garante mais vida útil de todos os componentes
Análise de Óleo
Monitorar a condição do lubrificante através da Análise de Óleo é uma técnica imprescindível para prevermos falhas e identificarmos sintomas que influenciarão a condição tanto do lubrificante, quanto do equipamento.
Implementar um programa estruturado de Análise de Óleo, a fim de garantir que as amostras sejam coletadas da maneira correta e na frequência correta é uma vantagem nesse sentido.
Alguns tópicos são fundamentais para alcançar um plano estruturado de monitoramento de fluidos:
• Qualidade da coleta;
• Repetibilidade;
• Frequência adequada a criticidade;
• Diagnóstico confiável;
• Parâmetros de alarme;
• Gestão em nuvem
Implementar um programa estruturado de Análise de Óleo, é fundamental a fim de garantir que as amostras sejam coletadas da maneira correta e na frequência correta.
Cronograma de Análise de Lubrificantes
Quando classificamos os ativos em uma matriz de criticidade é muito importante que tenhamos uma atenção especial aos equipamentos criticidade “A” pois, são eles que se vierem a falhar afetarão diretamente a produtividade.
Nesse sentido faz-se necessário criar um cronograma de análise de lubrificantes destes ativos.
Um programa de Análise de Lubrificantes adequado nos fornece previsão de falha, evita paradas desnecessárias, reduz custos com manutenção e eleva a disponibilidade do equipamento.
Engenharia da Lubrificação
A Engenharia de Lubrificação é cada vez mais aliada na construção da Confiabilidade e Disponibilidade operacional, e seu desenvolvimento vai muito além das boas práticas.
A Engenharia de Lubrificação atua no incremento de Performance de um determinado equipamento que está submetido à uma operação específica.
Vantagens:
– Redução na troca de componentes
– Aumento nos intervalos de manutenção
– Mais Conservação e Performance dos Ativos
– Mais produtividade com menores interrupções
– Redução de intervenções humanas
– Redução de reposição de peças
– Aumento da previsibilidade, entre outros.
Quando houver um simples aumento de temperatura em seu equipamento, um ruído diferente, um pequeno vazamento ou mesmo uma condição considerada “não normal” em um ambiente de instalação de uma nova máquina, lembre-se que sempre há a possibilidade enxergarmos a Engenharia de Lubrificação como uma aliada para solução, e embarcado neste processo, também terá a possibilidade de ganhos implícitos diretos ou indiretos.
Introduzir as práticas mundiais na Gestão da Lubrificação é fundamental para elevar a vida útil das máquinas e obter sua máxima performance.
A SIL oferece um sistema de gestão da lubrificação através de processos e metodologias bem estruturados, garantem a lubrificação ponto a ponto, fazendo com que o cliente obtenha elevados índices em disponibilidade e confiabilidade operacional.
A Gestão da Lubrificação deve garantir os 6 aspectos que mencionamos anteriormente Lubrificante correto; Ponto de aplicação correto; Quantidade correta de lubrificante; Periodicidade correta; Procedimento correto; e a devida blindagem do reservatório.
O software LubCloud® da SIL permite uma gestão organizada e intuitiva para que o planejamento e a ação da lubrificação sejam customizados e eficientes.
Uma maneira prática de ter seu processo de gestão da lubrificação bem controlado e com os resultados esperados, garantindo seu papel no que diz respeito a conservação dos ativos.
Referência :
1-Manzoli, Sérgio
2- https://blogdaconfiabilidade.com.br/gestao-da-lubrificacao-classe-mundial/
3- https://blogdaconfiabilidade.com.br/engenharia-de-lubrificacao/
4- https://www.sil.net.br/