Uma afiliada da Rede Globo e a TV Aparecida, fizeram reportagens sobre a inclusão de mulheres na manutenção, através da carreira militar, e para isso ambas emissoras entrevistaram a Sargenta Rogéria Marin Pimentel e a Patricia Maria Gabriel do EDA (Esquadrão de Demonstração Aérea), ou seja da famigerada Esquadrilha da Fumaça, que integram a equipe de elite, responsável por realizar a manutenção das aeronaves utilizadas nas demonstrações do esquadrão.
Ambas as reportagens evidenciam o aumento significativo da presença feminina nas oficinas de manutenção, apesar de todos os paradigmas retrógrados que tornam esse ambiente de trabalho hostil para mulheres, devido à resistência masculina que impede ou atrasa a inclusão e a integração igualitária nas oficinas de manutenção.
Ainda em 2016, na área de Equipamentos de Voo (BEV), depois da saída do Encarregado Suboficial Carlos Maurício Ribeiro de Souza, que trabalhou por quatro anos na Fumaça - o Esquadrão apresentou em 2016 sua primeira sargenta da área de manutenção de aeronaves. A Sargento Rogéria Marin Pimentel, antes da Seção de Equipamentos de Voo da Divisão de Suprimento e Divisão (DMS – T27) na AFA, ela emocionou-se muito com a notícia. Após sua aprovação, ela revelou:
Estou muito feliz e orgulhosa de ter sido escolhida e poder fazer parte da equipe. Desde pequena, acompanho as demonstrações na minha cidade natal, Canoas (RS), e sempre admirei e vibrei demais. Nunca achei que poderia ter a oportunidade de vir à Pirassununga me candidatar e conseguir essa vaga tão desejada
Sargenta Marin
Já em 2017, a Esquadrilha da Fumaça admitiu a segunda mulher para a área de manutenção de aeronaves, a Sargento Especialista em Eletricidade e Instrumentos Patricia Maria Gabriel. Antes de vir para a Fumaça, ela trabalhava na área de manutenção de aeronaves na seção de elétrica e instrumento da divisão de suprimento e manutenção (DSM 3) do T-25 na AFA.
Ao ser comunicada da notícia, ela ressaltou que "transbordou de alegria". E afirmou:
Antes de ingressar na FAB, ainda não conhecia muito bem o que era a Fumaça. Mas depois que entrei e soube do Esquadrão ser tão bem conceituado, eu me interessei muito e até escolhi vir para a AFA para, futuramente, tentar ser Fumaceira. Agora considero esta uma oportunidade única de trabalho na minha vida profissional. Estou muito feliz de ser a nova Fumaceira. Por ser mulher, nunca coloquei obstáculos para mim mesma. Sempre tentei fazer tudo que estava ao meu alcance e nunca considerei que estive menos preparada para trabalhar na área em comparação aos homens. Ser mulher nunca foi empecilho para a minha carreira
Sargenta Patrícia