A manutenção preventiva é um tipo de manutenção essencial e faz parte da estratégia de operação de qualquer empresa.
Tem por objetivo manter as melhores condições de desempenho do equipamento, ou mesmo resgatar suas melhores condições, quando o mesmo estiver apresentando sinais de falha.
Sua aplicação também resulta em preservação do equipamento, aumentando sua vida útil.
Tecnicamente, a manutenção preventiva pode ser classificada quanto ao motivo da intervenção, de duas formas:
1. Preventiva Sistemática: é a intervenção programada com base na experiência, aquela que respeita o manual do fabricante; Por exemplo, a recomendação de trocar o óleo do motor do veículo a cada ‘X’ km rodados, os filtros de ar e de óleo após certo número de horas, etc. As atividades de lubrificação dos equipamentos, em sua maioria, se encaixam nessa classificação.
2. Preventiva de Condição: é a intervenção motivada pela condição observada no monitoramento preditivo do equipamento. É a preventiva a ser programada em função da detecção da falha do equipamento antes de sua ocorrência funcional (falha potencial).
Em geral, a manutenção preventiva é uma intervenção feita no equipamento para execução das seguintes atividades: limpeza interna, checagem de medidas, ajustes, reapertos, troca de peças, checagem de desgaste, incidência de corrosão, alinhamento e balanceamento, calibração de instrumentos, lubrificação de partes móveis, teste de dispositivos internos, de novos materiais, de nova forma de montagem, pintura, etc.
Paradas para Manutenção Preventiva devem ser Produtivas
Trata-se é claro, de uma intervenção a ser feita com o equipamento parado.
Bom, todos sabem, máquina parada implica em alguma perda, de maior ou menor escala. Seja uma parada programada ou não. O tempo que uma máquina tem para produzir é sempre um tempo precioso, o tempo de máquina parada é praticamente impossível de recuperar.
Portanto as intervenções de manutenção preventiva devem ser produtivas e ter a menor duração possível.
Vamos caracterizar o que chamamos de parada produtiva de forma simples:
Devem ser executadas no menor tempo possível;
Devem atingir os resultados esperados de duração, qualidade do serviço feito, segurança do trabalho;
Os resultados da parada devem sustentáveis, não exigindo novas paradas para correção do que já poderia ter sido feito.
Como então conseguir uma parada nesse nível?
Planejamento é a dica
O Planejamento da manutenção preventiva deve ser adequado e ter qualidade suficiente para que sua execução atinja os resultados esperados. Quanto mais atenção e cuidados forem empregados no planejamento, mais bem sucedida será a parada.
Fig. 01 – Execução de Paradas com e sem Planejamento adequado.
Num ambiente de qualidade e produtividade, o gestor de manutenção tem 100% do controle do que deve ser feito e toma uma série de providências para garantir a intervenção mais produtiva possível, por ex.:
Prepara um checklist de parada e partida do equipamento, incluindo todas as atividades previstas na parada;
Aproveita o tempo de máquina produzindo para toda ‘Preparação Externa’ possível;
Disponibiliza os procedimentos de manutenção necessários;
Garante o conhecimento e a participação de profissionais especialistas, internos ou terceirizados;
Disponibiliza a literatura técnica e o histórico de intervenções no equipamento;
Garante que todo material necessário para a intervenção esteja em mãos;
Garante a comunicação plena com os setores envolvidos: produção, programação, segurança, etc.
Durante a intervenção é recomendável comparar o andamento das atividades com o checklist e cronograma feitos, medindo tempos e o desempenho do trabalho.
Como diz o ditado popular, é melhor prevenir do que remediar. São vários os casos em que para um equipamento para preventiva e durante a mesma surgem imprevistos que poderiam ser evitados. E quantas vezes o equipamento retorna à operação com atraso e desempenho abaixo do esperado. E ninguém quer saber disso, correto ?
Rafael Herrera é Sócio-Diretor da Engetag.