Segurança em pontes rolantes
Segurança em pontes rolantes

Segurança em pontes rolantes

Pontes rolantes são equipamentos que geram muita preocupação em relação à segurança, pois são responsáveis por um grande número de acidentes de enormes proporções.

Um estudo* realizado nos Estados Unidos pelo Konecranes Training Insitute (KTI) a partir de dados da OSHA (Ocuppational Safety and Health Administration) analisou incidentes registrados com pontes rolantes industriais durante um período de dez anos. Do total de acidentes, a maior incidência (37%) foi de esmagamento pela carga durante a operação. Deste montante, 33,8% foram fatais e outros 36,8% resultaram em danos físicos significativos.

No Brasil não é diferente. Por isso, temos a Norma Regulamentadora Nº 11 que regulamenta sobre “Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais”. De forma básica, estabelece os requisitos mínimos para a prevenção de acidentes. Esta NR trata dos aspectos mínimos exigidos para os equipamentos, como: inspeção e manutenção, identificação de capacidade de carga, circulação de pessoas nas proximidades, treinamentos e capacitação para operação. Já a norma americana, OSHA 1910.179 - Overhead and Gantry Cranes, descreve de forma detalhada as recomendações de segurança.

As pontes rolantes possuem dispositivos de segurança que evitam grandes acidentes e que devem ser mantidos, inspecionados e testados regularmente. Como exemplo, temos as chaves fim de curso dos movimentos de elevação, translação, limitadores de carga, botões de parada de emergência, sinaleiros sonoros e visuais, freios, batentes e amortecedores de impacto. Estes dispositivos podem ser operados de várias maneiras como: automática, por cabine, pelo solo a partir de botoeira pendentes com cabo ou até controle remoto. Cada uma com suas particularidades de segurança.

Acidentes com pontes rolantes

As causas mais comuns de acidentes são com pontes rolantes são com quedas de cargas ou componentes, colisões entre equipamentos ou objetos, falhas mecânicas, sobrecargas, choque elétrico por contato com os barramentos e falta de bloqueio e etiquetagem (LoTo).

Para prevenção de acidentes devido à queda de cargas, além de uma inspeção e manutenção eficiente, devem-se estabelecer regras quanto à proibição de circulação de pessoas durante movimentação de cargas. É comum adotar como distância de segurança uma área de 1,5 m de altura da parte superior da carga suspensa.

Outra medida importante na prevenção de acidentes é a realização do Checklist pré-operacional.

Alguns itens importantes:

• Inspeção visual das estruturas e trilhos sem obstruções ou componentes soltos;
• Teste da sirene e iluminação;
• Estado geral e funcionamento dos comandos da botoeira;
• Teste do botão de emergência;
• Teste dos freios de todos os movimentos;
• Inspeção visual dos cabos de aço e gancho;
• Testes das chaves fim de curso de todos os movimentos;
• Ruídos ou vibrações anormais.

Diante de qualquer irregularidade identificada durante o checklist, a ponte rolante deve ser colocada fora de operação e identificada corretamente com a etiqueta de “PERIGO, NÃO OPERE” até que seja devidamente reparada.

Uma opção de identificação de fora de operação é a utilização dos sacos de bloqueio da Tagout em conjunto com o cadeado e etiqueta de advertência Tagout envolvendo a botoeira de controle:

Bloqueio etiqueta

Mas atenção! Esta opção serve para identificação da botoeira de operação sobre a proibição de operação. Ela não substitui o bloqueio e etiquetagem e o alívio das fontes de energia para a realização dos reparos.

Bloqueio e etiquetagem nas pontes rolantes

Um ponto muito importante em segurança de pontes rolantes é o bloqueio e etiquetagem (LoTo).
A falta de um procedimento LoTo adequado é uma das grandes causas de acidentes graves e até mesmo de fatalidades. Trabalhadores são eletrocutados, sofrem amputações e outras lesões graves quando os equipamentos são ligados inadvertidamente enquanto está se fazendo manutenções, reparos ou ajustes de componentes. Estes acidentes podem ser evitados implantando e usando um programa de controle de energias perigosas ou programa LoTo, também oferecido pela Tagout.

Há uma grande diferença entre desligar um equipamento e desenergizar. Desligar apenas uma chave de comando ou um botão de emergência não é seguro, pois pode ocorrer uma falha interna no componente ou erros de ligações que podem fazer o equipamento funcionar novamente enquanto se realiza a manutenção.

O equipamento apenas bloqueado pode ainda não estar seguro, pois pode haver energias armazenadas. Em uma ponte rolante, no sistema de elevação, cargas suspensas ou até mesmo o próprio peso do gancho estão sujeitos à força de gravidade. Existem relatos de acidentes graves e até fatalidades durante manutenção ou ajustes em freios do sistema de elevação que, ao soltar o sistema, o mesmo começa a girar devido aos componentes suspensos pelos cabos.

A norma americana OSHA 1910.179 estabelece precauções a serem tomadas antes de iniciar os serviços.

Fique atento:

 Reparos em pontes rolantes devem ser feitos em posições com mínima interferência com outras pontes e operações da área;
 Todos os controles devem ser colocados na posição desligado;
 A chave geral de alimentação elétrica deve ser desligada e bloqueada;
 Colocar sinalizações de advertência na ponte rolante e no piso ou no gancho, bem visível do solo;
 No caso de várias pontes rolantes no mesmo trilho, deve ser previsto meios para evitar interferências ou colisões.

A Tagout é uma empresa 100% nacional e fabrica a linha completa de dispositivos de bloqueios e sinalização para todos os tipos de fontes de energia. Também fornece serviço de implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP), inclusive para pontes rolantes.

* Dados retirados do artigo de Jorge Silva, publicado no Linkedin, sales manager da Kone Crane.

TAGOUT

  

 

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Diretor Executivo da TAGOUT

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APRESENTAÇÃO:

João Marcio Tosmann é engenheiro eletricista e diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem. É autor de diversos artigos sobre segurança do trabalho, com objetivo de promover a discussão de temas relacionados a saúde e ao bem-estar dos profissionais no local de trabalho e a importância da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

FORMAÇÃO ACADÊMICA E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

É formado em Engenharia Elétrica com ênfase em Eletrônica pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM. Possui experiência em projetos de manutenção industrial e logística em autopeças. Atuou como membro da diretoria do Complexo Industrial Automotivo General Motors (CIAG) e líder de projetos de novos veículos como Celta (General Motors) e EcoSport (Ford). Atualmente é diretor da Tagout, com sede em Vinhedo (SP), indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem voltados para o mercado brasileiro, além de consultoria e treinamento.


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