O melhor soldador do mundo é Brasileiro

O melhor soldador do mundo é Brasileiro

Sucesso absoluto nas redes sociais, o vídeo em que Jackielyson Alves comemora o título de melhor soldador do mundo, ao conquistar o primeiro (1º) lugar na competição internacional World Skills de 2015, em São Paulo, representa não só o orgulho da categoria, como também o nível de formação técnica vigente no Brasil, assim como a capacidade de formação de mão de obra qualificada para a indústria.

Natural de Mossoró no Rio Grande do Norte, Jackielyson possui hoje 27 anos, está cursando Engenharia de Produção, vive e trabalha desde 2019 em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, quando recebeu uma proposta para ser especialista chefe do país, e treinar os alunos árabes para competições internacionais como WorldSkills Asia, Emirates Skills National Competition e WorldSkills Internacional.

Ao falar de suas origens, o melhor soldador do mundo, relembra que iniciou os estudos na Escola do SENAI Ítalo Bologna, onde fez o curso de soldador multiprocessor, e ressalta que no início foi bem desafiador porque ele estava finalizando ao mesmo tempo o ensino médio e já era pai.

Convidado pelos seus professores para participar da Olimpíada do Conhecimento, Jackielyson contou com apoio da mãe, esposa e família, e aceitou a proposta que o levou a ascensão da etapa escola, para a etapa estadual de 2013, onde obteve o primeiro (1º) lugar, que serviu de motivação para que ele continuasse treinando para a etapa nacional em 2014, realizada em Minas Gerais, onde também obteve o primeiro (1º) lugar. 

Enquanto participava das competições, o jovem aprendiz, finalizou o Ensino Médio e ingressou em um curso técnico noturno de Metalurgia, no próprio SENAI onde já estudava, fase que ficou marcada pelo intenso treinamento que iniciava as sete (7) horas da manhã e finalizava as seis (6) horas da tarde, numa jornada de aproximadamente 10 horas diárias, sucedida pela jornada no curso técnico que se estendia das sete (7) horas às dez (10) horas da noite, completando uma jornada de treze horas incansáveis de treinamento e aprendizado.

Após a etapa nacional da competição, Jackielyson conta que iniciou a preparação para o World Skills, que é uma competição internacional, realizada a cada dois (2) anos, desde mil novecentos e cinquenta (1950), sendo conhecida por reunir os melhores profissionais de determinadas atividades.

Após determinado que ele representaria o Brasil na World Skills 2015, Jackielyson foi transferido de Mossoró para Brasília, onde passou a treinar das sete (7) da manhã às dez (10) da noite, todos os dias, e ele conta que:

  Como estava treinando sozinho, eu repetia os procedimentos incansavelmente, até atingir o que eu considerava a perfeição, mas além disso os meus treinadores sempre procuravam me tirar da zona de conforto, para que eu estivesse preparado para a etapa mundial da competição, treinando em outros estados do Brasil e viajando para os Estados Unidos.

Jackielyson Alves, 2022

O competidor reconhece que em 2015 chegou muito onfiante para a competição, contra os representantes dos Estados Unidos, Korea do Sul e China:

  Por essa razão, quando cheguei no World Skills 2015, que aconteceu em São Paulo, primeira vez que esse evento aconteceu no Brasil, eu estava muito bem preparado, e graça a Deus obtive a medalha de Ouro.

Jackielyson Alves, 2022

Após a conquista do título, o campeão recebeu algumas propostas para trabalhar em unidades do SENAI de diversos estados do Brasil, mas decidiu abrir a própria empresa em sua cidade natal, onde permaneceu por três anos, até receber e aceitar a proposta de trabalho no exterior em 2019.

Jackielyson informa que após vencer a World Skills, ficou impedido pela norma da competição de voltar a disputar o título, e que por este motivo, não participou das edições da competição em 2017, 2019 e 2021, mas que tem atuado ativamente na formação de competidores de alto nível e que sua jornada tem servido de inspiração para toda uma nova geração de soldadores, que está surgindo no Brasil e no mundo.

Fauzi Mendonça

Engenheiro em Eletrônica

Especializações

Manutenção e Confiabilidade

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Fundador, Diretor Editorial e Colunista da Revista Manutenção, escreve regularmente sobre diversos assuntos relacionados ao cotidiano da Engenharia, Confiabilidade, Gestão de Ativos e Manutenção.

Desenvolvedor Web e Webdesigner, é responsável pelo design, layout, diagramação, identidade visual e logomarca da Revista Manutenção.

Profissional graduado em Engenharia Eletrônica com ênfase em automação e controle industrial, pós graduado em Engenharia de Manutenção, pela Faculdade Anhanguera de Tecnologia (FAT) de São Bernardo e em Engenharia de Confiabilidade, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Profissional atua há mais de vinte (20) anos com Planejamento e Controle de Manutenção (PCM), em empresas de médio e grande porte, nacionais e multinacionais, onde edificou carreira profissional como Técnico, Programador, Planejador, Analista e Coordenador de PCM.