A Atvos, um importante player do setor de etanol, irá realizar três projetos no Mato Grosso do Sul. O primeiro deles será para construir em Nova Alvorada do Sul (MS) uma planta para a produção de Biometano.
A unidade está sendo projetada para ser a maior planta de Biometano no mundo e deverá receber um investimento de R$360 milhões.
O biometano deverá ser obtido através da vinhaça e da torta de filtro e, quando a planta estiver em atividade, ela deverá ser capaz de fabricar cerca de 28 milhões de metros cúbicos por safra de cana de açúcar.
Conforme o cronograma da companhia, a planta de biometano deverá entrar em operação daqui a pouco mais de um ano, em novembro de 2026.
Quando isso acontecer, a empresa espera utilizar o combustível produzido em seus veículos e comercializar o excedente na região.
O segundo projeto da Atvos também será realizado em Nova Alvorada do Sul (MS) contudo ele deverá receber um investimento bem mais robusto. A empresa irá investir 1 bilhão de reais para erguer na região uma nova planta para a fabricação de etanol de milho.
Quando estiver pronta, a futura usina de etanol funcionará em conjunto com a Usina Santa Luzia, de propriedade da Atvos, em Nova Alvorada do Sul.
A empresa também realizará um terceiro projeto similar e instalará uma nova usina de etanol de milho na cidade sul mato-grossense de Costa Rica. É onde a Atvos mantém a Brenco Usina Atvos há mais de dez anos. Como no caso anterior, quando a futura usina de etanol estiver pronta, ela também deverá trabalhar em conjunto com a usina que a Atvos mantém no local.
Vale lembrar que as instalações da Atvos contam com sistemas avançados fornecidos pela Tractian para monitoramento dos seus equipamentos instalados. Empregando sensores Iot associdados a uma IA e a um software de gestão, o sistema da Tractian consegue antecipar potenciais de falhas antes que elas aconteçam, o que naturalmente permite um planejamento de manutenção preventiva mais organizado e eficaz.
As licenças ambientais para os projetos foram obtidas há alguns meses, em meados de março. Com o sinal verde, os trabalhos de execução dos projetos deverão começar no início do ano que vem.
No caso das usinas de etanol, os projetos serão realizados em fases, sendo que a primeira diz respeito à instalação e a segunda à duplicação da capacidade da planta.
A fase 2 está programada para ocorrer em 2027 e quando isso acontecer cada unidade deverá ser capaz de processar aproximadamente 534 mil toneladas de processamento de milho e produzir anualmente cerca de 250 milhões de litros de etanol, além de grãos secos de destilaria com solúveis (DDGS) e energia elétrica.
Como é comum neste tipo de projeto, os Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (DDGS) são ricos em proteína, fibra e gordura, e são comumente comercializados junto à empresas que trabalham no setor de fabricação de ração animal.
Os três projetos somados totalizam R$2,36 bilhões.
Os projetos possuem alinhamento com práticas sustentáveis ao terem seus processos industriais projetados para serem livres de carbono. Todos também estão alinhados com práticas de segurança alimentar e de transição energética.
Isto criará alicerces que permitirão à Atvos ampliar as suas atividades industriais no futuro, com a possibilidade da inclusão de outros combustíveis sustentáveis como o SAF, por exemplo.
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