Como a Inpasa estruturou a manutenção baseada em dados e reduziu custos em meio à expansão

Como a Inpasa estruturou a manutenção baseada em dados e reduziu custos em meio à expansão

No setor de etanol, a meta é uma só: máxima disponibilidade industrial. E foi com esse foco que a Inpasa, considerada a maior produtora de etanol de milho da América Latina, adotou as soluções da Tractian como pilar de uma operação em expansão.

A escolha foi por um modelo técnico replicável, que unisse monitoramento contínuo via sensores industriais e um sistema robusto de gestão de manutenção (CMMS). Desde então, o foco passou a ser rastreabilidade, automação e tomada de decisão baseada em dados.

Baseando-se em IA, a Inpasa iniciou a implantação desse sistema inteligente que hoje monitora ativos críticos em tempo real, digitaliza toda a gestão de manutenção e serve como base para a expansão da companhia, apoiando-se em dados operacionais consolidados.

Esses dados coletados (como vibração, temperatura e padrão de funcionamento) são processados por algoritmos de inteligência artificial que identificam desvios, correlacionam com o histórico técnico dos ativos e determinam a necessidade de intervenção.

“A grande diferença é que agora com os sensores os problemas nos procuram, esse é o grande facilitador, temos muito mais segurança que teremos um diagnóstico em tempo hábil para atuar antes da falha funcional dos equipamentos”, diz Itiel Cerkunvis, Vice-presidente de Elétrica, Automação & Manutenção na Inpasa.

Um novo fluxo de manutenção, do campo ao sistema

Desde a adoção do CMMS da Tractian, a companhia estruturou um modelo centralizado de gestão de ativos, ordens de serviço e planos de manutenção. 
Toda OS exige registro com cronômetro e georreferenciamento, criando uma malha rastreável de ações técnicas. Isso reduz o erro humano, padroniza os tempos de resposta e possibilita auditorias por unidade, técnico, tipo de ativo ou perfil de falha.

“Com o CMMS da Tractian nós melhoramos todo o processo, desde a identificação em campo da máquina com QR code, ao acesso ao datasheet do equipamento online e registro histórico de atividades facilitando a ação do técnico para tomada de decisão em campo com o máximo de informação”, comenta Carlos Servin, Supervisor Corporativo de PCM.
Em pouco tempo, os resultados começaram a aparecer: o custo total com manutenção foi reduzido, mesmo durante a expansão da operação. Além disso, o volume de ordens criadas e concluídas cresceu 285%.

A Inteligência Artificial da Tractian também foi responsável por evitar mais de 80 horas de downtime, graças à rastreabilidade e à padronização técnica entre as unidades.

Expansão modular com replicabilidade técnica

Fundada em 2007 no Paraguai, a Inpasa veio ao Brasil em 2019, mas já tem se firmado como gigante em território nacional. Este ano, a expectativa é faturar mais de R$ 20 bilhões com suas fábricas que processam mais de 12 milhões de toneladas de grãos de milho por ano, além de 5,5 bilhões de litros de etanol.

A primeira fase operacional do novo modelo (já são 12, mas os planos da empresa são de chegar a 18 muito em breve) foi implementada em Dourados (MS), com estabilização da curva de custo em poucas semanas. Em seguida, a unidade de Sinop (MT) entrou em operação com o mesmo padrão técnico e triplicou o volume de OSs processadas, sem comprometer eficiência ou aumentar custo.

A cada nova fase, são instalados cerca de 160 sensores industriais, com gateways dedicados e conexão direta ao sistema de gestão.

Hoje, todas as unidades operam com o mesmo sistema, os mesmos sensores e os mesmos critérios de execução técnica, o que reduz o tempo de ramp-up das novas fases e garante que o crescimento da Inpasa ocorra com previsibilidade de custo e desempenho. Além disso, também garante um mesmo padrão técnico em todas as unidades e torna a gestão de ativos em uma função replicável, auditável e com custo sob controle.

Próximos passos da Inpasa

Ao unir sensoriamento industrial, sistema de gestão e IA aplicada, a Inpasa transformou a manutenção em uma função estruturante da operação: auditável, replicável e com controle de custo em tempo real.

É esse modelo que tem sustentado a expansão acelerada da companhia, com ganho de produtividade, redução de falhas e confiabilidade técnica como diferencial competitivo.
O foco agora está em ampliar a autonomia do sistema e explorar novas aplicações de inteligência artificial em meio à expansão industrial, além de aumentar o monitoramento dos ativos.

Em termos de produção, já se fala internamente sobre explorar a produção de biodiesel, principalmente com óleos vegetais como o óleo de milho, que pode servir como matéria-prima. A Inpasa já detém 50% do mercado de produção de etanol de milho no Brasil, mas deseja também se tornar um ecossistema completo dentro do setor de biocombustíveis.
Se quiser conhecer melhor as soluções da Tractian, que têm ajudado diversas indústrias do Brasil e do mundo a aumentar a eficiência em meio a alta produtividade, clique aqui.

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