Final de ano chegando e algumas coisas passam pela nossa cabeça. É a cesta de Natal, a festa de confraternização, os presentes que temos que comprar e a reflexão sobre o ano que passou.
E a manutenção? Apesar de alguns pensarem que a manutenção é um mal necessário, pois supostamente não dá lucro para a empresa, ela também tem seus indicadores e metas a cumprir, que fazem parte do objetivo estratégico das empresas.
Os KPIs (Key Performance Indicator) são muito utilizados para se obter uma visão do que está acontecendo na manutenção e consequentemente para a tomada de ações, elesnormalmente são usados de forma gerencial ou de equipes.
Dentre os muitos indicadores existentes podemos citar os principais como backlog, MTBF (Mean Time Between Failures ou Tempo Médio Entre Falhas), MTTR (Mean Time To Repair ou Tempo Médio de Reparo), fator de disponibilidade, cumprimento da programação, horas de preventiva, preditiva, corretiva e custo de manutenção. Os KPIs são escolhidos conforme a estratégia definida dentro da manutenção.
Cada vez mais, as empresas estão atrelando metas individuais para pagamento de bônus ou PLR. E como fica o executante da base de fábrica? Como ele pode contribuir dentro deste processo?
A cultura da empresa pode influir muito nesta decisão, gera algumas dúvidas ou discussões, sobre como escolher as metas de forma justa e objetiva, que não esteja dependente de outras variáveis.
Dentre as metas que acredito serem relevantes estão, apontamento de horas, informações sobre o reparo (incluindo materiais utilizados) e horas de treinamento (DDI/DDS/Reuniões de segurança). Alguns usam a hora extra como indicador, mas esta questão às vezes não está sob controle do executante, cabendo ao líder ser o intermediador da necessidade ou não da HE, bem como o absentismo, desde que não seja comprovada doença médica. Em caso de doença reincidente, cabe uma análise mais detalhada.
O MTTR só é válido na comparação dos mesmos defeitos, e nas mesmas circunstâncias, o que na manutenção não é algo comum, porque já seria um problema constante e não deveria acontecer, além das competências do profissional e a vivência com o equipamento também serem fatores relevantes no reparo.
Recentemente, encontrei uma matéria sobre colocar os indicadores em um quadro, como forma de constranger quem não atingiu suas metas. Não acredito que esta é a melhor forma de motivar o executante, mas sim manter feedback constante, identificando as necessidades e tomando ações necessárias para correção. O líder, mais uma vez, é fator importante neste ciclo.
Podemos encontrar alguma resistência dos executantes para o cumprimento das metas, cabendo ao líder orientar e explicar a importância do executante dentro do macro processo.
Todas as informações geradas pelos executantes serão usadas pelo PCM (Planejamento e Controle de Manutenção) e área da Confiabilidade, para tomada de decisões e melhoria continua dentro do processo. Os executantes estão em constante contato com as máquinas e os operadores, e podem contribuir muito com os seus conhecimentos para a empresa e reverter em benefício próprio no seu trabalho, reduzindo quebras e condições de risco.
Metas são necessárias, mas devem ser atingíveis e realistas, conforme a atividade do executante. Com o tempo podem ser implementadas novas metas, colaborando com o crescimento do profissional e enriquecendo a qualidade das informações dentro da manutenção.