Peão
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Reflexões sobre o trabalhador chamado peão

Recentemente, li vários posts que colocavam alguns trabalhadores como “peões”. Como me considero um deles, nunca parei para pensar de onde veio esta designação. Decidi pesquisar um pouco e refletir sobre o mesmo.

Podemos encontrar ente algumas descrições da palavra “peão” como sendo um empregado de fazenda ou de estância, dentre eles também o “peão boiadeiro ou de rodeio”, que é a pessoa que são os atletas que montam cavalos.

Trazendo para o lado urbano, muitos designam o trabalhador da construção civil como “peão de obra”, que recebeu uma música de Amado Batista, em sua homenagem (assista o vídeo aqui).

Ainda assim, não entendi o porquê esta expressão, a não ser pela comparação ao jogo de xadrez. O xadrez é um esporte muito conhecido, que envolve muita estratégia e estudo por parte de seus praticantes, o que podemos, de certa forma, comparar às empresas.

Podemos fazer uma analogia na qual os peões são os trabalhadores da base de fábrica e o restante fazem parte da organização da empresa.

O jogo se transcorre em um tabuleiro, entre duas pessoas, com 16 peças para cada uma, sendo 8 peões, 2 torres, 2 bispos, 2 cavalos, uma dama ou rainha e um rei, todas com um movimento característico.

Quando uma peça pode ser movida para uma casa em que está localizada uma peça adversária, esta última pode ser capturada. Assim, a peça a ser jogada move-se para a casa da peça oponente, que é então retirada do tabuleiro. O rei é a única peça que nunca pode ser capturada, uma vez que a partida termina quando ocorre o xeque-mate, ou seja, a iminência da captura do rei.

Xadrez

O peão é a menor peça do xadrez, seus movimentos são muito limitados, em comparação às outras peças do jogo, não pode recuar em seus movimentos. Ao atingir a oitava linha transforma-se em qualquer outra peça, excluindo o rei, movimento chamado de coroação ou promoção; o peão será substituído imediatamente por outra peça, que pode ser o cavalo, bispo, torre ou rainha e deverá ser removido do tabuleiro.

Adaptando o pensamento ao mercado de trabalho, podemos comparar aos trabalhadores da base de fábrica, suas possibilidades de promoção e ascensão social através de um caminho virtuoso (reto). Cada passo à frente, em direção à oitava linha, torna o peão mais valioso dentro do jogo, à medida que a chance de promoção aumenta.

Isso pode influenciar na estratégia adotada pelos jogadores, no qual o oponente do peão tentará bloqueá-lo ou capturá-lo a todo custo. Parece similar não é?

Alguns jogadores não se importam em perder seus peões, caso capturem peças de maior valor, é uma estratégia, mas protegendo o mesmo, ele pode ser promovido.

Existem empresas dos dois tipos, as que usam o peão como simples peça do jogo, ou as que cuidam do mesmo, para conseguir um resultado futuro. Os resultados podem ser os mesmos, mas com estratégia diferente.

A empresa tem que tomar conta de seus funcionários, com relação à segurança, isso é determinado em legislação, mas as oportunidades serão diferentes com relação aos objetivos profissionais.

Nem sempre o peão se tornará uma peça maior, mas ele deve ser valorizado, porque pode ser importante no jogo, descarta-lo pode ser uma falha estratégica e pôr em risco a partida.

Essa relação pode não ser original, ter outro ponto de vista, mas sem os peões, não existe jogo, vai perder feio.

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Programador de Manutenção

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APRESENTAÇÃO:

Colunista da Revista Manutenção, escreveu vários artigos sobre manutenção, elétrica, indústria, qualidade, meio ambiente e mercado de trabalho. Nas horas vagas busca aumentar seu conhecimento e cultura de modo geral.

FORMAÇÃO ACADÊMICA E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas de Potência, pela UNISANTA (Universidade Santa Cecília) de Santos, atuou como executante e há mais de dez anos trabalha com Planejamento e Controle de Manutenção (PCM), em indústrias do pólo de Cubatão, nacionais e multinacionais, onde solidificou carreira como Programador e Planejador de Manutenção.