Entenda os motivos da sobrevida/aumento de vida útil para os ativos em Minas Gerais.
O estado de Minas Gerais tem um papel muito importante dentro das operações da mineradora VALE e visto essa relevância vamos debater alguns pontos:
1) Total de minas presentes no estado;
2) Representatividade da produção presente no estado;
3) Criação do Centro Global de Operações Integradas (IOC);
4) Brazilian Blend Fines (BRBF);
5) Mina Itabira;
6) Produção de pelotas;
7) Investimento e empregos em Minas Gerais.
Dás 22 minas operando no Brasil, 19 delas estão presentes em Minas Gerais.
Dado essa grande relevância, a Vale tem buscado estratégias para prolongar a vida útil de alguns ativos em MG.
(JWENG) De acordo com o diretor global da cadeia de Ferrosos da Vale, Vagner Loyola, as operações de Minas Gerais e Pará são complementares buscando a otimização desses negócios e afirma que faz sentido dizer que Minas Gerais está perdendo importância. Essa nova demanda para o estado possibilitou que a Vale batesse recorde de produção em Minas nos 9 (nove) primeiros meses do ano em 141 milhões de toneladas. Com a previsão de até no final do ano baterem 190 milhões de toneladas. Este valor ficando pouco abaixo do Pará que projeta 200 milhões de toneladas.
Em setembro de 2017, a Vale inaugurou o Centro Global de Operações Integradas (IOC) na mina de Águas Claras, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. O IOC reúne diversas funções na cadeia de fornecimento de minério de ferro para apoiar melhorias nos processos de planejamento da mina para o porto, incluindo otimização da distribuição de navios e resposta às demandas dos clientes. Essas melhorias em nossas operações e planejamento de vendas deverão levar a uma melhor realização de preços de vendas, aumento da produtividade e gerenciamento da qualidade do produto. O projeto captara R$3 bilhões até o final do ano.
A criação do Brazilian Blend Fines (BRBF) é também um fator que mostra a importância de Minas Gerais para a multinacional. De acordo com Cecília Silva, gerente-geral de Marketing Comercial da mineradora brasileira, o novo produto da Vale terá teor de 62% Fe e é uma mistura de minério de ferro do Sistema Norte de Carajás com minério do Sistema Sul que tem altos níveis de sílica. O BRBF terá os teores de 1,5% de alumina, 5% de sílica, 0,035% de enxofre, 0,07% de fósforo, 0,5% de manganês e 2% de perda por ignição. Mais do que uma simples mistura, o BRBF se tornou uma forte marca com preço diferenciado, vendido em mais de 10 paises na Asia e representando a base no novo índice MB 62% Fe Low Alumina.
Um minério que custa a preços internacionais apurados no dia 22/11/18, U$$75,80 a tonelada, ante U$$72 a tonelada do preço referência do minério no mundo.
Continuaremos promovendo o Brazilian blend fines (BRBF), um produto padrão com um teor de sílica (SiO2) limitado a 5%, oferecendo um desempenho forte em qualquer tipo de operação de sinterização. Produzimos os BRBF, um produto de alta qualidade resultante da mistura de finos de Carajás, que contêm uma maior concentração de ferro e uma menor concentração de sílica no minério, com finos provenientes dos Sistemas Sul e Sudeste, que contêm uma menor concentração de ferro no minério. É misturado e vendido em nosso Terminal Marítimo de Teluk Rubiah na Malásia e em doze centros de distribuição na China, é o que diz o relatório anual Form20 (F20).
Falando especificamente de Itabira, ao desenvolver o blend, a vida útil das operações em Minas deve ser prolongada, sem a necessidade de novas plantas de concentração ou de barragens de rejeitos. Loyola disse: “Não posso dar detalhes, mas o planejamento da VALE é para alongar a vida de Itabira, por exemplo, por muitos anos”. Isso por que conforme está no relatório anual Form20(F20), registrado em 13 de abril deste ano na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, relativo ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017, a data de exaustão prevista para as minas de Itabira é de 2028.
O BRBF já responde por 35% da carteira de vendas da mineradora multinacional Vale, e cerca de 92% da produção é exportada.
Outro fator que mostra a importância de Minas para a mineradora é a produção de pelotas da VALE. Das 60 milhões de toneladas de pelotas que devem ser alcançadas em 2018 em todas as unidades do mundo, 54 milhões de toneladas são produzidas a partir do minério de alto teor produzido em ativos dentro do estado. A pelota é o produto mais importante da VALE, o de maior preço, e maior margem destaca Loyola.
De acordo com relatório divulgado sobre os resultados da companhia em Minas Gerais no ano de 2017, US$6,1 BILHÕES foi o valor desembolsado pela Vale em Minas Gerais entre custeio e investimento e com 19.734 pessoas empregadas diretamente.
A Vale tem como missão “Transformar recursos naturais em prosperidade e desenvolvimento sustentável” e visão “Ser a empresa de recursos naturais global número 1 em criação de valor de longo prazo, com excelência, paixão pelas pessoas e pelo planeta.”
Bibliografia:
Jornalistas Karlon Aredes e Tatiana Lagoa, Jornal O tempo, publicado em 23/11/18 em https://www.otempo.com.br/capa/economia/vale-d%C3%A1-sobrevida-para-atividades-em-minas-gerais-1.2071274?amp
Jornalista Leonardo Francia, Jornal Diário do Comercio, publicado em 23/11/18 em http://diariodocomercio.com.br/sitenovo/vida-util-de-ativos-em-minas-e-prolongado/
http://www.apemi.eng.br/noticias/vale-oferece-novo-tipo-de-minerio-de-ferro-para-seus-clientes..html
http://www.vale.com/PT/investors/information-market/annual-reports/20f/20FDocs/Vale_20F_2017_p.pdf
via JWENG
Texto: Segunda edição publicada na Revista Manutenção sob licença Creative Commons | ![]() |
{japopup type="ajax" content="http://www.revistamanutencao.com.br/licenca/by-sa.html" width="800" height="600"}{/japopup} |
Mineração disponibilizada por JWENG sob licença grátis com atribuição