Assunto recorrente nas salas de reuniões por onde transitam os gestores, no planejamento e controle de manutenção, no chão de fábrica e inclusive nas entrevistas de emprego, a manutenção preditiva é uma metodologia utilizada na conservação de ativos, realizada a partir da análise de dados obtidos através de instrumentos específicos durante inspeções em campo, ou seja, enquanto as máquinas e equipamentos estão operando e por consequência sujeitas a gerar as evidências necessárias para indicar ou não a necessidade de se programar uma manutenção preventiva ou corretiva.
Dentre as técnicas mais utilizadas na manutenção preditiva destacam-se a análise de vibrações, análise de fluídos, análise termográfica, análise de superfície e a análise estrutural, sendo que todas elas são realizadas através de ensaios não destrutivos (END) que são utilizados principalmente na engenharia forense, civil, mecânica, elétrica e eletrônica.
A aplicação da manutenção preditiva ocorre principalmente quando a manutenção preventiva não é suficiente para evitar sozinha falhas que gerem manutenções corretivas, e que podem gerar impactos negativos na produtividade, consequentemente no desempenho financeiro da empresa.
Um exemplo comum de aplicação da manutenção preditiva ocorre com robôs simples de seis eixos, pois nas especificações técnicas dos fabricantes, recomenda-se através dos manuais de manutenção, a necessidade de manter e realizar um plano de manutenção preventiva cumulativo que inclua por exemplo a substituição da graxa dos eixos de acordo com a quantidade de horas de utilização do robô. (SERVO ON)
Tal recomendação é fundamentada no conhecimento prévio da existência de variáveis específicas para cada robô, uma vez que eles ficam sujeitos as condições físicas e químicas particulares dos locais onde estão instalados e operam, o que em alguns casos pode reduzir a eficácia dos planos de manutenção preventiva e enseja a análise periódica ou cumulativa do robô em operação através da manutenção preditiva, para elaboração de um diagnóstico preciso, que ajude a evitar eventuais falhas que ocasionem a parada do robô e também para realização da manutenção corretiva que gera consequentemente impactos significativos na produtividade e no desempenho financeiro da empresa.
Portanto, por aumentar a eficácia da manutenção, a disponibilidade e a confiabilidade das máquinas e equipamentos, a manutenção preditiva é extremamente importante para a gestão de ativos, contudo devido ao custo diferenciado, ela deve ser implantada com critérios bem definidos, ou seja, apenas nos ativos críticos aos processos das empresas, o que pode e deve ser determinado através de uma análise elaborada com auxílio de uma matriz de criticidade.